A dor é um dos principais sintomas que faz com que o indivíduo procure assistência médica por causar um impacto negativo no seu cotidiano. A dor física frequente pode levar a perda significativa da qualidade de vida do indivíduo. Denomina-se “Dor crônica Benigna” a dor proveniente de doença degenerativa benigna e não de origem oncológica.

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Na dor aguda ocorre a lesão de um tecido ou órgão causado por uma inflamação ou trauma. Neste caso existe uma certa precisão no tempo de duração da dor e nas limitações físicas. O paciente consegue visualizar o término dos seus sintomas.

 

Porém a situação é diferente na dor crônica. Pode haver ou não a eliminação do elemento causal, ou seja, o trauma ou a inflamação desapareceram, mas a dor se torna a doença, passando a controlar a vida do indivíduo. A persistência da dor está ligada ao surgimento de outros sintomas com deterioração da qualidade de vida. Desta forma a abordagem de pacientes com dor crônica deve ser feita utilizando o conceito de dor total, que é composta por sintomas físicos, psicológicos, sociais e espirituais (figura abaixo). O modelo de assistência inter e multiprofissional visa atuar em todos os aspectos da dor.

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O alívio da dor física forte é a primeira etapa para reabilitação do paciente. E na sequência os outros aspectos da dor total são abordados pelos demais componentes da equipe multidisciplinar.

 

Alguns sintomas físicos, psicológicos, sociais e espirituais.

• Físicos: Dor, fraqueza, distúrbio do sono, falta de apetite, perda de peso...

• Sociais: Perda do status social, isolamento, distanciamento de amigos e parentes...

• Psicológicos: Alteração da imagem corporal, depressão, ansiedade, raiva, crises de choro, irritabilidade, tristeza, perda da libido...

• Espirituais: Falta de esperança, perda da fé...

 

As atividades diárias do indivíduo com dor crônica podem estar afetadas com a falta de controle dos sintomas, com impacto negativo sobre o trabalho, as atividades recreativas, estudos, família, chegando a interferir nos cuidados de higiene. O indivíduo progressivamente modifica o seu comportamento e termina por se isolar no seu mundo de dor.

 

​Dor Crônica Benigna

Este tipo de dor decorrente de doenças osteoarticulares, sequela de acidentes, amputações, sequela de um acidente vascular cerebral (AVC), fibromialgia, entre outras causas, não irá levar o indivíduo a morte, mas irá causar um grande dano em sua vida com interferência direta em suas atividades. O controle adequado da dor é o passo inicial para tornar possível a reabilitação do paciente em sua própria vida.

 

Dor Oncológica

É a dor decorrente da lesão causado pelo câncer. Causa grande limitação ao paciente, podendo até interferir no tratamento e impedir a realização da quimioterapia ou radioterapia. Pode ocorrer situações em que o próprio tratamento é o causador da dor.  Há casos em que o paciente não apresenta dor durante o tratamento do câncer, aparecendo o sintoma doloroso somente após o término do tratamento como uma sequela. Portanto, toda dor oncológica deve ser avaliada e tratada, diminuindo assim o estresse ao qual o paciente já está sendo submetido.

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